Hoje, vamos tratar desta questão muitas vezes incompreendida pelos colaboradores em nossa organização: - Quem sou eu nesta empresa?
Quando contratamos alguém para ocupar um determinado “papel” em nossa organização, existe a expectativa de que este papel seja magistralmente “representado” por este ocupante. Dividimos um sonho e uma responsabilidade com este colaborador. - O sonho de alcançar os objetivos empresariais e a responsabilidade de garantir a sustentabilidade do negócio.
Quando um “ator” é contratado para encenar um determinado papel, ele recebe o script (verbal e emocional) do seu diretor e o coloca em ação. Isto , de certa forma, também ocorre nas empresas. Quais vantagens teríamos se encarássemos nosso trabalho como atores?
- Poderíamos transferir as atitudes que nosso cliente e empresa esperam (entusiasmo, comprometimento, organização, planejamento, agilidade, atenção aos detalhes, foco no cliente e nos resultados) para o nosso “personagem”. Com isto, poderíamos moldar nosso comportamento com menos resistência;
- Estaríamos menos sensíveis às barreiras que dificultam nosso desempenho, tais como reclamações de clientes, aumento da demanda, atraso nas respostas dos fornecedores, nossa própria personalidade etc. Aliás, com relação às barreiras, além de sermos atores precisamos ser autores do nosso desempenho. Os clientes não esperam desculpas ou problemas, esperam soluções;
- Transferiríamos o estresse natural do trabalho para o personagem, ou melhor, poderíamos definir que este personagem é eficazmente “vacinado” contra o estresse;
E se nosso personagem fosse um dos sócios da empresa? Como atuaríamos diante das situações do cotidiano? Arrisco dizer:
- Trataríamos a qualidade e produtividade como questões vitais para nossa sobrevivência;
- Teríamos a satisfação do cliente como o patamar mínimo a ser atingido, pois o objetivo seria “encantá-lo”;
- Estaríamos comprometidos em fazer o negócio crescer com sustentabilidade;
- Estimularíamos o trabalho em equipe em um ambiente saudável (respeitoso, colaborativo, alegre e profissional);
- Cuidaríamos para não perder qualquer oportunidade de ganhar dinheiro e, ao mesmo tempo, evitaríamos qualquer possibilidade de perdê-lo.
Pois bem, qual papel estou representando dentro da minha empresa? O que falta para este personagem receber o “Oscar” empresarial? Quem morre no final – o bandido ou o mocinho?