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A empresa familiar, formada por pais, filhos, irmãos ou primos, enfim, pessoas com laços de parentesco, tende a sofrer os impactos de uma convivência que vai muito além do profissional. O excesso de intimidade pode fazer as pessoas perderem a noção de respeito e hierarquia. A mesma coisa acontece com empresas que têm funcionários com muitos anos de casa. É inevitável que o longo tempo de convívio crie uma relação mais próxima, um laço de amizade que permita às pessoas terem maior liberdade para falar, brincar e, às vezes, até discutir. 

Muitos empresários adotam em seus discursos frases como “aqui somos uma grande família”. Isto é, em geral, extremamente verdadeiro enquanto desejo (sentimento) do empresário, porém, será que a relação familiar, na grande maioria das famílias brasileiras, é um exemplo de relacionamento? Quando observo as várias famílias que conheço e percebo como as pessoas se tratam (desrespeito, sem comprometimento, um querendo levar mais vantagem que o outro, discussões fervorosas, afastamento definitivo ou temporário, mágoas insolúveis etc) fico ainda mais preocupado com o desenvolvimento desta cultura familiar dentro das organizações. Definitivamente, não é este o tratamento que esperamos ver nas relações empresarias.

É claro que, ao se referir a “grande família”, o empresário está pensando nas famílias exemplares, onde as pessoas se ajudam, se respeitam, se amam, são comprometidas uma com as outras, vibram com o sucesso do outro, reconhecem as grandes contribuições, incentivam o crescimento, ajudam a superar barreiras, se comunicam abertamente e, acima de tudo, demonstram confiança recíproca.

Por que será tão difícil criar uma família dentro da empresa? Talvez as diferenças a seguir respondam a esta pergunta:

 O filho pode cometer erros intermináveis e nunca deixará de ser filho. Ele nunca será “demitido” por mau comportamento; A família é fonte de inspiração, aconchego, desaceleração. A empresa é fonte de recursos para alcançarmos nossos sonhos. Nela não podemos relaxar. Na família as relações são “emocionais”. Na empresa tomamos decisões racionais, porém, com atitudes humanizadas. 

Apesar destas diferenças, ainda assim, é possível criar “uma grande família”. As coisas não são apenas brancas ou pretas, existem tons de cinza. O segredo do tempero está na dosagem de seus ingredientes. Podemos ter famílias fracassadas por não terem “escolhido” agir de uma forma positiva, atuante e comprometida, assim como podemos ter empresas fracassadas pelo mesmo motivo. Mas precisamos nos espelhar nas famílias de sucesso e aprender como é possível criar uma “grande corporação familiar”.

                                                                                                      Rogério Carmona